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quarta-feira, 17 de março de 2010

Sacerdotes pedófilos: um pânico moral por Massimo Introvigne



"Por que motivo se volta a falar de sacerdotes pedófilos, com acusações que remontam à Alemanha, a pessoas próximas do Papa, e talvez mesmo ao próprio Papa? A sociologia tem alguma coisa a dizer sobre isto, ou deve deixar o assunto exclusivamente ao cuidado dos jornalistas? Parece-me que a sociologia tem muito a dizer, e que não deve calar-se por receio de desagradar a algumas pessoas. Do ponto de vista do sociólogo, a actual discussão sobre os sacerdotes pedófilos constitui um exemplo típico de «pânico moral». O conceito surgiu nos anos 70 do século XX, para explicar a «hiperconstrução social» de que alguns problemas são objecto; mais precisamente, os pânicos morais foram definidos como problemas socialmente construídos, caracterizados por uma sistemática amplificação dos dados reais, quer a nível mediático, quer nas discussões políticas. Os pânicos morais têm ainda duas outras características: em primeiro lugar, problemas sociais que existem desde há várias décadas são reconstruídos, nas narrativas mediáticas e políticas, como problemas «novos», ou como problemas que foram objecto de um alegado crescimento, dramático e recente; em segundo lugar, a sua incidência é exagerada por estatísticas folclóricas que, embora não confirmadas por estudos académicos, são repetidas pelos meios de comunicação, podendo inspirar persistentes campanhas mediáticas. Por seu turno, Philip Jenkins sublinhou o papel dos «empresários morais», pessoas cujos interesses nem sempre são óbvios, na criação e na gestão destes pânicos. Os pânicos morais não fazem bem a ninguém; distorcem a percepção dos problemas, comprometendo a eficácia das medidas destinadas a resolvê-los. A uma análise mal feita não pode nunca deixar de se seguir uma intervenção mal feita.


Sejamos claros: na origem dos pânicos morais estão condições objectivas e perigos reais; os problemas não são inventados, as suas dimensões estatísticas é que são exageradas. Numa série de interessantes estudos, Philip Jenkins mostrou que a questão dos sacerdotes pedófilos é talvez o exemplo mais típico de pânico moral; com efeito, estão aqui presentes os dois elementos característicos desta situação: um dado real de partida, e um exagero deste dado por obra de ambíguos «empresários morais».


Comecemos pelo dado real de partida. Há sacerdotes pedófilos. Alguns casos, repugnantes e perturbadores, foram alvo de condenações peremptórias, e os próprios acusados nunca se declararam inocentes. Estes casos – passados nos Estados Unidos, na Irlanda, na Austrália – explicam as severas palavras proferidas pelo Papa, bem como o pedido de perdão que dirigiu às vítimas. Mesmo que se tratasse apenas de dois casos – ou de um só –, seriam sempre demais; contudo, a partir do momento em que não basta pedir perdão – por muito nobre e oportuna que tal atitude seja –, sendo preciso evitar que os casos se repitam, não é indiferente saber se foram dois, ou duzentos, ou vinte mil. Como também não é irrelevante saber se os casos são mais ou menos numerosos entre os sacerdotes e os religiosos católicos do que entre outras categorias de pessoas. Os sociólogos são muitas vezes acusados de trabalhar com a frieza dos números, esquecendo que, por detrás dos números, se encontram pessoas; acontece porém que, embora insuficientes, os números são necessários, porque são o fundamento de uma análise adequada.


Para se compreender como é que, a partir de um dado tragicamente real, se passou a um estado de pânico moral, é pois necessário perguntar quantos são os sacerdotes pedófilos. Os dados mais amplos sobre esta matéria foram recolhidos nos Estados Unidos onde, em 2004, a Conferência Episcopal encomendou um estudo independente ao John Jay College de Justiça Criminal da Universidade de Nova Iorque, que não é uma universidade católica e que é unanimemente reconhecida como a mais autorizada instituição académica americana em criminologia. De acordo com este estudo, entre 1950 e 2002, 4392 sacerdotes americanos (num total de 109.000) foram acusados de manter relações sexuais com menores; destes, pouco mais de uma centena foram condenados pelos tribunais civis. O reduzido número de condenações por parte do Estado deriva de vários factores. Em alguns casos, as vítimas – efectivas ou presumidas – acusaram sacerdotes que já tinham morrido, ou cujos alegados crimes já tinham prescrito; noutros casos, a acusação e a condenação canónica não corresponde à violação de nenhuma lei civil, como acontece, por exemplo, em diversos estados americanos em que o sacerdote tenha tido relações com uma – ou mesmo com um – menor com mais de dezasseis anos que tenha consentido no acto. Mas também houve muitos casos clamorosos de sacerdotes inocentes que foram acusados, casos que se multiplicaram na década de 1990, quando alguns escritórios de advogados perceberam que podiam arrancar indemnizações milionárias na base de simples suspeitas. Os apelos à «tolerância zero» justificam-se, mas também não deve haver tolerância relativamente à calúnia de sacerdotes inocentes. Acrescento que, relativamente aos Estados Unidos, os números não mudariam de forma significativa se lhes juntássemos o período de 2002 a 2010, porque o estudo do John Jay College já fazia notar o «notável declínio» do número de casos observado no ano 2000. As novas investigações foram muito poucas, e as condenações pouquíssimas, devido às rigorosas medidas introduzidas, quer pelos bispos americanos, quer pela Santa Sé.


O estudo do John Jay College afirma, como muitas vezes se lê, que 4% dos sacerdotes americanos são «pedófilos»? Nem pensar. De acordo com o referido estudo, 78,2% das acusações referem-se a menores que já ultrapassaram a puberdade. Ter relações sexuais com uma rapariga de dezassete anos não é certamente um acto de virtude, muito menos para um sacerdote; mas também não é um acto de pedofilia. Assim, os sacerdotes acusados de pedofilia efectiva nos Estados Unidos foram 958 em cinquenta e dois anos, ou seja, dezoito por ano; as condenações foram 54, ou seja, pouco mais de uma por ano.


O número de condenações penais de sacerdotes e religiosos noutros países é semelhante ao dos Estados Unidos, ainda que não exista, relativamente a nenhum país, um estudo completo como o do John Jay College. Na Irlanda, são frequentemente citados relatórios governamentais, que definem como «endémica» a presença de abusos nos colégios e orfanatos (masculinos) geridos por algumas dioceses e ordens religiosas, e não há dúvida de que houve casos de gravíssimos abusos sexuais de menores neste país. Uma análise sistemática destes relatórios permite contudo perceber que muitas das acusações dizem respeito à utilização de meios correctivos excessivos ou violentos. O chamado Relatório Ryan, de 2009, que recorre a uma linguagem muito dura no que diz respeito à Igreja Católica, assinala, em 25.000 alunos de colégios, reformatórios e orfanatos, no período analisado, 253 acusações de abusos sexuais por parte de rapazes e 128 por parte de raparigas (e nem todas são atribuídas a sacerdotes, religiosos ou religiosas), de natureza e gravidade diversas, raramente referidas a crianças pré-púberes e que ainda mais raramente conduziram a condenações.


As polémicas das últimas semanas, relativas à Alemanha e à Áustria, expõem uma característica típica dos pânicos morais: apresentar como «novos» factos ocorridos há muitos anos ou, como em alguns casos, conhecidos parcialmente há mais trinta anos. O facto de eventos ocorridos em 1980 terem chegado à primeira página dos jornais apresentados como se tivessem acontecido ontem – e com particular insistência no que diz respeito à Bavária, a área geográfica de onde o Papa é originário –, e de deles resultarem violentas polémicas, com ataques concentrados, que todos os dias anunciam, em estilo gritante, novas «descobertas», mostra claramente que o pânico moral é promovido por «empresários morais» de forma organizada e sistemática. O caso que – de acordo com os títulos de alguns jornais – «envolve o Papa» é um caso de manual; refere-se a um episódio de abusos que teve lugar na Arquidiocese de Munique da Baviera e Freising, da qual era Arcebispo o actual Pontífice, e que remonta a 1980. O caso veio à luz em 1985 e foi julgado por um tribunal alemão em 1986, estabelecendo, entre outras coisas, que a decisão de instalar o sacerdote em questão na diocese não tinha sido tomada pelo Cardeal Ratzinger, nem era sequer do seu conhecimento, circunstância que não é propriamente de estranhar numa diocese grande, com uma burocracia complexa. A verdadeira questão deve ser, pois: o que leva um jornal alemão a decidir recuperar o caso, e trazê-lo à primeira página vinte e quatro anos depois?


Uma pergunta desagradável – porque o simples facto de a colocar parece uma atitude defensiva, e também não consola as vítimas –, mas importante, é a de saber se um sacerdote católico corre, pelo facto de o ser, mais riscos de vir a ser pedófilo ou de abusar sexualmente de menores do que a maioria da população, duas situações que, como se viu, não são idênticas, porque abusar de uma rapariga de dezasseis anos não é ser pedófilo. É fundamental responder a esta pergunta, para descobrir as causas do fenómeno, e portanto para poder evitá-lo. De acordo com os estudos de Philip Jenkins, comparando a Igreja Católica dos Estados Unidos com as principais denominações protestantes, a presença de pedófilos é, dependendo das denominações, duas a dez vezes superior entre os pastores protestantes. A questão é relevante, porque mostra que o problema não é o celibato, dado que, na sua maioria, os pastores protestantes são casados. No mesmo período em que uma centena de sacerdotes católicos eram condenados por abusos sexuais de menores, o número de professores de educação física e de treinadores de equipas desportivas jovens, também quase todos casados, considerados culpados do mesmo delito nos tribunais americanos atingia os seis mil. Os exemplos podem multiplicar-se, e não só nos Estados Unidos. E o principal dado a ter em conta, de acordo com os relatórios periódicos do governo americano, é o de que dois terços dos abusos sexuais a menores não são feitos por estranhos, ou por educadores – incluindo os sacerdotes católicos e os pastores protestantes –, mas por membros da família: padrastos, tios, primos, irmãos e pelos próprios pais. E existem dados semelhantes relativamente a muitos outros países.


E há um dado ainda mais significativo, mesmo que politicamente incorrecto: 80% dos pedófilos são homossexuais, são homens que abusam de outros homens. E – voltando a citar Philip Jenkins – 90% dos sacerdotes católicos condenados por abusos sexuais de menores e pedofilia são homossexuais. Se a Igreja Católica tem efectivamente um problema, não é o do celibato, mas o de uma certa tolerância da homossexualidade nos seminários, que teve particular incidência nos anos 70, a época em que foi ordenada a grande maioria dos sacerdotes que foram posteriormente condenados por abusos. Um problema que Bento XVI está a corrigir com todo o vigor. De forma mais geral, o regresso à moral, à disciplina ascética, à meditação sobre a verdadeira e grandiosa natureza do sacerdócio, são os melhores antídotos contra a verdadeira tragédia que é a pedofilia; e o Ano Sacerdotal também deve ter esse objectivo.


Relativamente a 2006 – altura em a BBC emitiu o documentário de Colm O’Gorman, deputado irlandês e activista homossexual – e a 2007 – altura em que Santoro apresentou a respectiva versão italiana em Annozero –, não há, na realidade, grandes novidades, à excepção de uma crescente severidade e vigilância por parte da Igreja. Os casos dolorosos dos quais se tem falado nas últimas semanas não são todos inventados, mas sucederam há vinte ou trinta anos.


Ou talvez haja uma novidade. Como se explica esta recuperação, em 2010, de casos antigos e muitos deles já conhecidos, ao ritmo de um por dia, atacando de forma sempre mais directa o Papa, um ataque aliás paradoxal, tendo em consideração a enorme severidade, primeiro do Cardeal Ratzinger, e depois de Bento XVI, relativamente a este tema? Os «empresários morais» que organizam o pânico têm objectivos específicos, objectivos esses que se vão tornando cada vez mais claros, e que não são a protecção das crianças. A leitura de certos artigos permite compreender que – na véspera de escolhas políticas, jurídicas e mesmo eleitorais que, um pouco por toda a Europa e pelo mundo, põem em questão a administração da pílula RU486, a eutanásia, o reconhecimento das uniões homossexuais, temas em que a voz da Igreja e do Papa é quase a única que se ergue a defender a vida e a família – poderosos grupos de pressão se esforçam por desqualificar preventivamente esta voz com a acusação mais infamante, que é também, hoje em dia, a mais fácil de fazer: a acusação de favorecer ou tolerar a pedofilia. Estes grupos de pressão mais ou menos maçónicos são uma prova do sinistro poder da tecnocracia, evocado pelo mesmo Bento XVI na encíclica Caritas in Veritate e denunciado por João Paulo II na mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1985 (de 08.12.1984), quando se referia aos «desígnios ocultos», a par de outros «abertamente propagandeados», «com vista a subjugar os povos a regimes em que Deus não conta».


Vivemos realmente numa hora de trevas, que traz à mente a profecia de um grande pensador católico do século XIX, o piemontês Emiliano Avogadro della Motta (1798-1865), que afirmava que das ruínas provocadas pelas ideologias laicistas nasceria uma verdadeira «demonolatria», que se manifestaria de modo especial no ataque à família e à verdadeira noção do matrimónio. Restabelecer a verdade sociológica sobre os pânicos morais relativamente aos sacerdotes e à pedofilia não permitirá travar este grupo de pressão, mas poderá constituir, pelo menos, uma pequena e devida homenagem à grandeza de um Pontífice e de uma Igreja feridos e caluniados porque se recusam a calar-se nas matérias que dizem respeito à vida e à família."

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A poesia


A poesia é uma arte, isto é, uma actividade humana ligada a manifestações de ordem estética, é feita por homens a partir de emoções e de ideias, com o objetivo de estimular a consciência de um ou mais espectadores.
Esta arte nasceu na antiguidade histórica do homem e tem como raizes a própia fala , esta já era o meio de comunicação entre elementos das comunidades humanas mais primitivas. De facto pensa-se que os primeiros seres denominados como humanos já contavam os seus feitos, como as caçadas das quais muitas vezes eram eles as presas, a outros de forma artistica; relacionavam as suas narrativas com elementos que as tornavam mais aliciantes, como o ritmo, de forma a se sobressairem no grupo em que estavam inseridos. Repare-se como nota que ainda hoje o ritmo surge como ferramenta base na construção de uma poema....
Percebe-se agora que a poesia é tão antiga como o homem e tão complexa como este. Não se pode limitar o acto poético a uma simples acção de origem criativa, para mim a poesia para além de nascer da nossa criatividade surge como uma das mais belas formas de expressão humana, embora essa beleza não seja tão linear como a beleza de uma quadro porque surge escondida entre as palavras não sendo visivel a olho nu.
A poesia poder ser uma ferramenta eficaz para seduzir uma senhora como para criticar um cretino , é algo que tendo múltiplas funções se caracteriza por um denominador comum: a arte com que é feita. Um bom poeta é então em última análise uma artista, de facto a arte é a poesia o poema a obra e o poeta o artíficie dessa mesma.
Debruçando a minha relfexão sobre as reflexões de outros poetas perecbi antes de mais que a poesia pode desencandear vários pensamentos . Para Fernando Pessoa , a poesia na sua maioria é a arte do fingimento, o poeta escrevre sobre sentimentos que não sente porque “ninguém sabe o que verdadeiramente sente”, “chega a fingir que o que sente é dor”. Achei interessamente igualmente um pensamento de Eliot que afirma que a poesia nasce das emoções experimentadas pelos homens nas relações não só consigo própios como com outros e com todo o mundo à sua volta. Isto é, um poema reflecte aquilo que nasce do relacionamento do artista com o mundo e consigo mesmo cujo nome se denomina como emoção.
Para concluir tenta-se definir com exactidão o que é a poesia, para mim esta é como o Natal, nasce quando um homem quer ...ainda que a sua essência seja condicionada pelo o homem em questão...

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Sociadade de aparências baseada num consumismo exacerbado!



Na sociedade que sempre conheci existem dois conceitos que lhe são inerentes: a importância das aparências e o consumismo levado ao extremo da sanidade.
No meio social onde vivemos percebe-se que cada vez mais o que conta é a aparência das coisas, das pessoas em si. É dificil criticar essa mania preconceituosa da nossa humanidade mas de facto não será errado julgar uma pessoa só pelas suas características fisicas como a cara esquecendo essa mesma como um todo? Eu penso que nunca se deve julgar, primeiro temos que nos julgar a nós mesmos. Para conhecermos uma realidade na sua totalidade temos partir de todos os factores que a constituem: para conhecermos uma mesa temos que não só ver de cor é que é como de que madeira é constituida , de onde é que vem essa madeira, etc...
Repare-se agora que o consumismo está ligado ao culto das aparências , na realidade certos produtos como a roupa estão sempre associados a um determinado grupo da nossa sociedade, diria mesmo que servem como uma afirmação social desse mesmo. O consumismo é o pai da aparência pois a busca por essa afirmação social é sustentada pela compra exacerbada de bens materiais: como a compra de produtos de beleza ou a aquisição de umas madeixas que dão para além de darem cor aos cabelo sugam fortunas às senhoras que se acham feias ou e«ligeiramente envelhecidas .... Também muitos homens para se integrarem num determinado grupo de amigos compram roupa nova todos os dias ou até mesmo acessórios que de estranhos passam a normais como correntes ou percings... A grande conclusão é que tudo isto alimenta o consumismo que parece nunca parar com esta indigência extema! Esta é uma realidade que se constanta diariamente milhões de vezes, faz parte da grande corrente oceânica do nosso mundo. Porém esta corrente afoga-nos em dividas e paradoxalmente nos faz querer gastar mais e mais... Há pessoas que preferem ter um bruto “BMW” de 80 mil euros a dormirem numa cama! Os jovens balançam consoante as modas, pedem aos pais um telémovel azul as riscas brancas mas como os amigos tem um com riscas verdes então mandam o outro para o lixo orgânico e fazem birras até que o tenham , nasce um ciclo vicioso e toda a gente muda de tlm como quem muda de roupa interior.
Para concluir, o que mais me impressiona e que penso ser o cúmulo do hiperconsumismo e da idealização das aparências é o facto de até no Natal as pessoas se esquecerem do verdadeiro protagonista desta festa : o Menio Jesus. Os presépios de natal encontram-se cheios de pó escondidos debaixo dos sofás onde o Pai Natal tem lugar cativo.
As pessoas só se preoucupam com o Pai Natal e com as luzinhas que brilham á noite que por acaso até são viciadas em energia eléctrica, preoucupam-se em gastar...
O Pai consumismo, aliás pai natal, tem um efeito nas pessoas assustador, com a ajuda do chamento das renas consegue levar milhões de pessoas a comprarem milhões de presente. Temos que ser mais racionais para que os vários factores da nossa humanidade como caridade ou a bondade nos conduzam juntamente com o bom senso a uma felicidade a longo prazo.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A Liberdade



O que é a liberdade? Esta é uma pergunta só de si problemática. Esta demanda degenera na sociedade múltiplas respostas e ainda mais perguntas: a liberdade pode ser interpretada de modos diferentes consoante religiões e culturas, pode ser usada por cada um de forma correcta ou de forma destrutiva, pode causar dor e alegria. A liberdade é um instrumento da humanidade complexo.
A liberdade é um direito que eu considero como fulcral, deve ser inerente à condição humana e tem que ser manuseado com responsabilidade. Infelizmente este conceito chave nesta sociedade dita como perfeita não faz parte do vocabulário de muito boa gente e quando faz é usado muitas incorrectamente, isto é com erros semânticos... Temos como exemplo , “in extremis “, de pessoas que nunca souberam o que era a Liberdade ou como usá-la Hitler ou Estaline. Mas perceba-se que também eu enquanto humano certamente a usei mal em diversas circustâncias da minha vida tal como muitas pessoas, porém esforço-me para corrigir esses erros tendo em vista o verdadeiro caminho para a minha felicidade.
Diria que a escravatura simboliza quase que perfeitamente o que significa a ausência de liberdade e as suas consequências. Atenção que não me refiro a escravatura somente num plano mais literal , onde homens eram presos e submissos como animais a outros homens, mas sim de homens que sabendo que são homens se tratam como animais. Hoje em dia somos escravos de um senhor chamado materialismo cujo o apelido se denomina como exacerbado, um senhor que tira muito da nossa humanidade. Repare-se então que a liberdade significa somente a afirmação do Homem enquanto Homem, ou seja, enquanto ser livre capaz de fazer coisas boas mas também coisas que nos parecem tão más que atingem o linear do incrédulo.
Do meu ponto de vista a Liberdade e Deus são a mesma coisa. Deus amando infinitamente o Homem concedeu-lhe a hipótese de mudar o seu próprio destino, cada um de nós é livre de escolher o bem ou o mal. A Liberdade nasce do amor de Deus por nós, se esta não houvesse éramos escravos de um destino inalterável.
Eu teria liberdade para continuar a escrever sobre esta tema que liberta em nós milhões de pensamentos e de ideias, mas esse meu acto livre e autónomo teria consequências que condicionavam a minha nota: ao escrever mais seria penalizado pela sociedade e neste caso pela professora. De facto é importante saber utilizar a liberdade com inteligência para que esta constitua um beneficio para a nossa pessoa.

Mensagem à RTP2, 29-12-2009

Isto foi escrito à RTP2 depois de ter visto uma encenação adulterada do conto de Oscar Wilde "O gigante egoísta", em que toda e qualquer referência a marcas cristãs da história foi removida, não sei por que motivo...nem sequer o Amor era referido. Aqui está:

"No dia 29 de Dezembro de 2009 estava a fazer "zapping" pelos 4 canais que tenho (pois é, sou um resistente à TVCabo) e percebi, depois de passar 3 vezes pela RTP2, que a senhora que estava a fazer uns gestos estranhos num fundo branco com flores estava a representar um conto de Oscar Wilde, "O gigante egoísta".
A princípio fiquei admirado, depois contente, por a RTP2 mostrar aos seus telespectadores, ainda que provavelmente fossem só crianças, um conto daquele autor, ainda por cima um dos contos dele que eu considero mais objectivamente Natalício, e em que o drama da história tem um "mais" em si, uma mensagem triste mas ao mesmo tempo positiva, e não só por ter referências cristãs.
Mas...que é feito destas? Acabei por não ver nada disto, apesar de a senhora que estava a representar o conto bem se esforçar por dar metade da intensidade da história original à encenação. O que se passou, então: "(...) adaptado de (...) por (...)". Ah, está explicado...
Por muito que me custe escrever-vos, pois para mim a RTP2 é o melhor canal (TVCabo incluído!), e até hoje poucas ou nenhumas vezes me desiludiram, este pequeno episódio demonstra como o "politicamente correcto" excessivo já chegou aí. Ninguém percebe (quando digo ninguém, digo ninguém que REALMENTE tenha controlo em alguma coisa nesta teia de interesses que é a sociedade) que retirar o contexto cristão da nossa cultura (sim, eu sei, Oscar Wilde é inglês...) é retirar A CULTURA! Não sei como começou esta nova moda de "não se pode ofender", só me recordo daquela decisão que contribuiu "tanto" para a sociedade deste país, cultural e espiritualmente, quando se tiraram os crucifixos das escolas... Não há nada ERRADO neste acto, mas a razão disto é mesquinha e cobarde - é considerar a religião (cristã) "perigosa" ou redutora da razão, é pensar que se pode submeter as crianças deste país a toneladas de informação desnecessária e consumista com anúncios mas não se pode mostrar um crucifixo, que pode ofender e "mudar mentalidades", é pensar que há algo de "ultrapassado" na religião...
Por isto tudo, fico desiludido por até a RTP2, que tem programas que dão tempo de antena a diferentes comunidades religiosas, e os outros canais não, começar a separar a religião e a cultura. Podem não concordar comigo neste aspecto, porque eu penso que as duas são indissociáveis, mas entre (p.e.) a perseguição aos jesuítas no início deste século e a separação entre a vida quotidiana e a religião que está a acontecer AGORA (que se está a dar não num nível físico -ou seja, ninguém está a matar padres- mas sim num nível mental; veja-se por exemplo "A Bússola Dourada", de Philip Pullman, ou ainda, se se quiser remontar às origens desta separação a nível racional, basta olhar para o "penso, logo existo" que propõe uma independência do Homem, na minha opinião, um pouco lunática, graças a Descartes, que na SUA opinião, estava a FAZER ALGO DE BOM! - até a nós próprios nos enganamos), não vejo muita diferença de objectivo, ainda que agora tudo se faça com mais "respeito" pelo outro, mais "politicamente correctamente".
Enfim, peço desculpa pela extensão e pela atitude desta mensagem, mas só vos escrevi porque a RTP2 é um canal diferente, cujo "staff" é mais consciente do que os dos outros canais. E parabéns à actriz que adaptou o conto de Oscar Wilde, ainda que motivos interiores ou exteriores a tenham feito castrar a história de tal forma.
Obrigado, votos de um bom ano novo"

Comentem, por favor!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Um aborto a Portugal.




Muito recentemente em Portugal o problema do aborto veio ao de cima, ao que parece fruto de um complexo dito de “inferioridade” em relação ao desenvolvimento de outros países, por parte do governo. Nesta situação houve um referendo que foi criado para responder ao problema dos abortos clandestinos: a liberalização do aborto em Portugal. Ganhou o sim para que este lei avançasse com pouco mais de 50% do votos, e é desta realidade que surge o problema do qual eu irei escrever na minha tese: devia esta lei ter sido aprovada?
Para mim esta lei nunca devia ter sido aprovada, nem sequer posta em causa! O feto que está dentro da mulher para mim tem vida e essa segundo a lei não pode ser retirada por ninguém, pois é crime. Mesmo que não pensem que é uma vida, é o futuro de uma . Um aborto vem impossibilitar que mais um bebé se venha a espantar com a beleza do nosso mundo, que este venha a crescer como nós crescemos, que este venha brincar como nós brincamos, que este chore como nós choramos nos momentos mais tristes , que este sorria como nós sorrimos quando estamos felizes. Vem impossibilitar o realizar de toda uma vida, desrespeitando liberdade individual de um ser.
De seguida irei apresentar os argumentos do sim e os meus contra-argumentos. Para o sim a favor desta lei, um feto no ventre materno ainda não é uma ser humano, é uma massa e por isso pode ser aniquilado. Pois é importante dizer em relação a isso que toda a comunidade científica é unânime em declarar o contrário: embrião já é um Ser Humano com letra grande. Para o sim há que defender o direito da mulher. O problema é que um direito, numa sociedade democrática, termina onde começa o do outro. Caso contrário, deixa de ser um direito para ser usurpação ou tirania (qualquer pessoa que rouba ou mata, fá-lo porque acha que tem o direito de o fazer). Os apoiantes da legalização desta a lei defendem-se afirmando que a mulher tem direitos sobre si. Mas esqueceram-se que tem também sobre o seu filho: de cuidar, alimentar, educar, etc.; mas nunca de o matar.
Outro dos argumentos do sim é que é uma vergonha as mulheres serem penalizadas. Há que mudar a lei. A questão aqui é a da despenalização pode ser tratada sem a liberalização. No entanto, a actual lei não tem como objectivo penalizar, mas dissuadir a prática do aborto. Nº de pessoas penalizadas em Portugal por abortar: 0 (zero!). Com a liberalização é que vai haver aprisionamento para todas as mulheres que o praticarem depois das 10 semanas.
Outro dos argumentos do sim é que a liberalização vem acabar com aborto clandestino, sem condições e acabam assim também os males para a mulher. Mas de acordo com o registo do National Center for Health Statistics, a legalização do aborto não trouxe redução de abortos clandestinos. A mãe continua a ter danos. Mesmo em estabelecimentos legalmente autorizados, o risco de lesão física para a mãe é muito grande. As lesões emocionais e psicológicas são gritantes e duram por toda a vida...
Com a liberalização soluciona-se o problema de mães sem condições, crianças maltratadas e com fome para os que defendem esta lei. Só que nunca se resolveu um problema com outro ainda maior. Com a liberalização do aborto, o problema da falta de condições agrava-se porque o Estado, assumindo ajuda nos abortos, demite-se de outro tipo de ajudas sociais.
Ninguém aborta de ânimo leve, leviana e irresponsavelmente para os apoiantes da legalização do aborto: a esmagadora maioria de mulheres que têm gravidez indesejada, obtiveram a gravidez por completa irresponsabilidade. Agora para abortar já têm responsabilidade? Se há mães que matam filhos depois de nascerem, de formas tão bárbaras e insensíveis, como não usarão (essas mulheres e tantas outras) de irresponsabilidade e leviandade para com bebés que ainda não nasceram? Quem põe a cabeça na areia é a avestruz...
A lei de Portugal referente ao aborto no passado, era para estas pessoas retrógrada e precisava por isso de acompanhar a modernidade dos outros países da UE, pois para o sim esta era um sinal de inferioridade mental. Só que os Países onde o aborto é legal, estão agora a ponderar a mudança da lei, pois reconhecem a destruição e devastação que tem causado na sociedade e vida das pessoas. França é o exemplo mais flagrante.
Para concluir parece-me óbvio que esta lei é contra a própria essência do homem e que portanto ao votar no sim uma pessoa está a ir contra a sua natureza, mas isto é para mim e para todos os que são contra esta lei , que de resto devemos ser uns retrógradas e um conjunto de pessoas à parte que não quis ir atrás da maré , do oceano simplista , influenciada pela lua dos mais egoístas. Não seria melhor apostar no desenvolvimento de órgãos para ajudar as mães que tem dificuldade e assim possibilitar um apoio educacional e financeiro a estas, para que tenham condições para criar um bebé? Não! Deve sair muito mais caro ao Estado do que oferecer às mulheres a possibilidade do simples acto de matarem os seus bebés nas maternidades do aborto e de matarem por consequência o seu estado psicológico saudável. Agora imaginem se a vossa mãe tivesse feito um aborto de vocês, o que teria acontecido?
Não estavam a ler este texto.






(Alguns argumentos foram tirados de um site da autoria de Hugo Pinto)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Uma caminhada pela montanha com os amigos.




Nós deviamos ser como os arqueólogos, que constantemente procuram um fóssil, um tesouro, no fundo um mistério que sabem que está escondido algures nas montanhas. Procuram-no até o encontrarem sem desistirem, e pondo-se numa posição de entrega total e esse trabalho, por fim encontram o que procuravam e sentem-se inteiramente realizados, correspondidos.

A paixão nasce no embater numa coisa, numa coisa que o nosso coração deseja, uma coisa que nos supreende e que nos é revelada pela graça de Outro, o Mistério de Deus. Nós para encontramos o Mistério de Deus temos que actuar como os arqueólogos na montanha, descobrimos que existe Deus, mas não basta reconhecer essa presença, queremos encontrá-lo para que o nosso coração encontre a plenitude da felicidade, pois este é feito para o infinito e não menos do que isso. E esta adesão a este Mistério só é possivel através da nossa liberdade , dada por Deus, e então do nosso pedido para que o Mistério venha ao nosso encontro. Sendo a falta , a percepção primária ao mistério, só escavando incansalvelmente a terra e desejando sempre encontrei mais, é que Cristo se revela na nossa vida, e modifica-a totalmente, manifestando-se no nosso dia-a-dia, nos nossos amigos , em tudo o que nos rodeia e em nós própios em última ánalise. A nossa vida ganha assim um sentido único , através da atenção no olhar a realidade, e o nosso coração sente-se correspondido, porque a felicidade é a correspondência a uma coisa que eu pedi e que me foi proposta. Tal como os arqueólogos se sentem felizes por encontrarem um fóssil nós quando encontramos Deus encontramos a plenitude da Felicidade.
Esta caminhada pela montanha pode então, parecer dificil mas estando Deus ao nosso lado tudo se torna de repente mais simples e mais fácil. Temos a ajuda dos nossos amigos , daqueles que sabem mais que nós e que sabem o caminho a seguir e indicam-nos com toda a sua amizade, e portanto com eles vamos até onde for preciso, sabendo que no fim da estrada estará guardada para nós uma verdadeira recompensa, um fóssil? O cumprimento do nosso Destino.